sexta-feira, 16 de abril de 2010

Prevenir o câncer pode ser simples. Em boa parte só depende de você.

Alimentação e hábitos saudáveis, além de alguns exames regulares, são o melhor caminho para prevenir a doença.
O câncer é a segunda causa de mortes no Brasil. De acordo com estimativas do instituto nacional do câncer (INCA), só neste ano serão cerca de 490 mil novos casos no país. Os avanços da medicina têm contribuído para elevar de modo expressivo os índices de cura e sobrevida. Mas o melhor caminho é a prevenção, como tudo o que diz respeito à saúde. Em se tratando de câncer, não é preciso ir atrás de formulas milagrosas. A receita é bem prosaica e pode ser sintetizada em uma frase: manter um estilo de vida saudável.

Isso significa adotar uma alimentação rica em fibras, vegetais e frutas, com pouca gordura e poucos carboidratos: controlar o peso; e praticar atividade física regular (30 minutos de caminhada três vezes por semana são suficientes). Estudos do INCA mostram que a combinação desses elementos poderia evitar cerca de 20% de todos os casos de câncer no Brasil. Alem disso, é preciso não abusar da exposição ao sol e usar protetor solar para prevenir o câncer de pele. Para os fumantes há uma regra extra e fundamental: abandonar o cigarro, que alem de provocar doenças cardíacas e pulmonares, é associado a vários tipos de câncer. O tabagismo é o principal fator evitável do câncer.

Igualmente importante é a realização de exames periódicos que permitem detectar precocemente eventuais anormalidades. Para as mulheres, esses exames são o papanicolau, para detecção precoce do câncer de colo uterino, e a mamografia, para o câncer de mama. Para os homens, os cuidados em ralação ao câncer de próstata começam a partir dos 45/50 anos com exames de toque retal e, dependendo da orientação do medico, de dosagem da proteína PSA (antígeno prostático especifico), embora alterações de PSA não estejam obrigatoriamente associadas ao câncer de próstata. Para ambos os sexos, a partir dos 50 anos, é importante realizar colonoscopia ou a pesquisa de sangue oculto nas fezes associada à retossigmoidoscopia, para prevenção do câncer de intestino.

Algumas vacinas se somam ao arsenal preventivo, como a, contra o HPV, vírus associado ao desenvolvimento de câncer de colo uterino; e para algumas pessoas, como hemofílicos e profissionais da saúde, a vacina contra a hepatite B, doença que pode provocar cirrose e câncer de fígado.

Há, no entanto, um grupo da população que precisa redobrar os cuidados: pessoas que trazem uma carga hereditária que as predispõe ao câncer. Nesses casos, é preciso um programa preventivo especifico, contemplando a realização dos exames de praxe com maior freqüência, alem de alguns adicionais. Por exemplo, para uma mulher que tenha predisposição para câncer de mama ou ovário, ultra-sonografia e ressonância magnética ajudam a detectar anomalias em seu estagio inicial.

Como saber quando uma pessoa carrega essa carga hereditária? Por meio do aconselhamento genético. A partir de um mapeamento que abrange membros de duas ou três gerações da família, é possível checar a predominância de vários tipos de câncer. Estuda-se então, em um dos parentes que teve a doença, qual o gene alterado e é feito um exame genético para avaliar se o paciente em foco tem a mesma mutação. Caso tenha, o acompanhamento é mais intenso, com ações preventivas para minimizar os riscos.

Não se pode evitar a carga hereditária. Mas, alem do controle mais rigoroso, também aqui o individuo pode fazer a sua parte. Como? Com a mesma receita preventiva básica que vale para todos: alimentação saudável distancia do cigarro, atividade física e controle do peso.

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